sexta-feira, 12 de março de 2010

Navegue


Internei-me dentro de mim mesmo,
Não quero nem saber onde esta a saída
Aqui é feliz e triste ao mesmo tempo
Mas ainda não quero sair

Vagar nos devaneios da minha cabeça
É isso que eu quero,
Quero me tornar um devaneio
Será possível tornar-me um devaneio real?

Lá fora há muita insanidade
Não que aqui dentro seja muito diferente,
Mas só estou tentando concertar isso agora,
Tudo isso para tentar me externalizar novamente

Quanta coisa a gente acumula durante a vida,
Há restos de momentos diversos para todos lados
Queria tanto poder reciclar alguns,
Talvez essa seja a maneira de voltar no passado...

Vou ser franco,
Idéias são só idéias, e essas aqui continuam por aqui, só por aqui...
Gostaria de transformar tudo isso em algo palpável,
Visível aos olhos alheios, assim não pareço ser tão louco

Quanta coisa aqui é real pra mim agora,
Talvez a diferença de estar lá fora seja só marcada pela dor,
Aqui parece que todas minhas vias aferentes estão desligadas
Levando em conta isso, prefiro aqui dentro, lá fora há muitos chicotes que chicoteiam de verdade...

E o amor onde está, pra onde foi?
O que é o amor?
Nem mesmo aqui posso entende-lo...
Talvez seja só sentir e se deixar levar, como numa onda...

Mas tenho medo d’água, nem sei nadar,
E se deixar levar por uma onda é tão perigoso quando há corais pontiagudos...
Sei lá, eu prefiro, quando n’água, apenas velejar...
Mas mesmo assim, o amor continua sendo perigoso, pois há vários tamanhos de ondas no mar...

Mas por enquanto continuo a navegar, dentro de mim mesmo é claro,
Há expectativas de encontrar terra logo mais, tenho certeza...
Já velejo a tempos, e sei que navegar nesses devaneios não me levam a lugar algum...
Mas aqui vivo mesmo só de esperança, e assim um dia eu chego lá, lá aonde?...Sei lá...

Um comentário:

Leka disse...

Adoreeeeeei Rafinhaaa!
Tava com saudade de um post desses!

Bjuuuuuu