sábado, 14 de agosto de 2010

Ele, robô


Parecem robôs com corações de lata,
Seguem uma rotina programada por eles mesmos,
Não são capazes de sentirem o vento, o cheiro das flores...
Tudo é frio e incisivo

Ao caminhar ecoa-se um barulho oco de suas solas,
Quem sabe até mesmo se há algum ruído dentro do peito deles,
Parece mesmo uma grande marcha de pingüins imperadores...
Tal elegância e frieza que os envolve

Punhos cerrados firmemente carregando os seus tesouros,
Olhos que miram apenas a direção mais retilínea,
Pensamentos fechados, sem cor nem chance de expansibilidade
E objetivos retroalimentados por um sistema capitalista...

Seu coração bate ou faz tic-tac?
É possível oferecer-me apenas um abraço antes que siga seu trajeto?
Homem de lata pise mais suave, admire o que há de melhor por aqui...
Não faça do seu amor energia propulsora para essa roda capitalista

Foi um rápido olhar,
Uma chance remota de tira-lo da sua rotina,
Mas quem sabe, uma semente não foi plantada...?
Homem de lata, carregue seus verdadeiros tesouros

Autor : Rafael Estefanutti

2 comentários:

Leka disse...

Aaah eu seeempre gosto do que você escrevee!!
Mas nem por isso deixo de dizer: adorei!

Bjoo!

morgani disse...

TUDO ISSO SAIU DO SEU NEUROCRANIO?
PARABÉNS POR SER CONTRA O "ELE, ROBÔ".