terça-feira, 24 de julho de 2012

Está tudo escuro, estou tremendo neste momento, estou extremamente encomodado com esse frio. Já não sinto meus pés, tão pouco minhas mãos. Eu não sei o que eu faço, pois sei que a única coisa a ser feita, é exatamente o que meu corpo está tentando fazer agora, tentando gerar calor, gastando energia para fazer surgir calor, tentando vencer esse frio, que imgino, inevitavelmente irá me consumir em pouco tempo, é só uma questão de paciência no meio de todo esse desespero. Não vejo saída, não vejo soluções, não há nada em um raio de kilómetros para me aquecer. Sem espectativa de vida, ele ia pouco a pouco, congelando, o sangue ja mal circulava dentro dos vasos, uma sensação horrível de agulhas entrando em sua pele o alarmava, a dor era intensa. A medida que os minutos seguiam, o corpo começava se entorpecer, as agulhadas cessaram, no entanto percebo que não posso mais me movimentar, até já parei de tremer, e ainda nem se quer vejo alguma coisa além de toda essa escuridão. Só me restam poucas atividades neuronais, e há um pensamento fixo, como única gota de água no meio do deserto que logo se evaporará. E nas profundezas daquele único pensamento, havia uma pessoa sentada de frente para mim, olhando fixamente dentro dos meus olhos, como se naquele olhar pudessem serem transmitidos tudo que se precisasse para que houvesse comunicação. Por um instante, tudo aquilo parecia muito dolorido, gerador de toda aquela situação, a entendia por um lado, por outro a fome das minhas dúvidas pareciam se agigartar, fazendo tudo parecer ainda pior, e agora sem nem mesmo uma resposta dentro desse devaneio, só resta mesmo deixar os restos de mim esvaírem-se por o cosmo. Os lábios imóveis, olhos brilhantes, era como se houvesse vida por ali ainda, mas só o que havia era uma aparente fibrilação ventricular, o ultimo lampejo autonomo de vida que... Logo cessou.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Amizade


Para mim, hoje, não me importa se somos amigos ou não, mas se existe amizade entre a gente, apesar de contraditório, eu encontrei nessa maneira de pensar, um jeito de viver uma amizade plena, onde mesmo com os percalços que a vida nos coloca, ou nós mesmos colocamos, amizade de verdade sempre faz com que duas pessoas fiquem juntas, assim como o amor está para os namorados.

(Rafael Estefanutti)

domingo, 10 de abril de 2011

Sociedade Carcinogênica


Quando eu tinha 13 anos eu estava na 7ª série do ensino fundamental, eu adorava praticar qualquer tipo de esporte, gostava de uma menina, tinha vários amigos, tinha muitos sonhos, muitas dúvidas, aos poucos fui sanando algumas dessas dúvidas, deixando com que a vida me mostrasse por si às respostas para as minhas perguntas.
Era tão importante sorrir, brincar, jogar bola, receber o carinho da minha família. Fui crescendo, conhecendo e me enchendo de novos conhecimentos ao passo que surgiriam sempre novas dúvidas sobre tudo. Ter dúvidas, buscar o conhecimento e ter novas dúvidas, é só uma parte de um ciclo meticulosamente planejado por Deus. A complexidade com que as nossas vidas se desenrolam, sendo essa dependente também das relações e vínculos que você cria com outras pessoas que vivem este mesmo ciclo, tornam a vida ciclos sobre ciclos intermináveis, com variáveis como o “acaso”, vontades e planos de cada um de nós.
Planos, vontades, o “acaso”, esses devem serem respeitados, dentro do possível, sobre regras impostas na sociedade para que cada um se desenvolva de forma plena como ser humano na sua forma literal de definição. A sociedade como parte de um ciclo maior, representado por “peças”, essas que são nada menos que um composto das várias atitudes exercidas por nós (células ou engrenagens desse mecanismo), ou seja, durante o nosso desenvolvimento sócio comportamental, temos que “andar na linha” para adquirirmos o melhor das pessoas que estão também “andando na linha”, porém, existem os ciclos que giram no “sentido anti-horário”, são “engrenagens desarmônicas” com poderes de influência.
E para que uma toda estrutura entre em colapso, basta que nesta estrutura interdependente, uma peça em meio a uma infinidade de outras peças, entre em desarranjo.
Mesmo que o vírus da gripe atinja uma pessoa numa família de seis pessoas, por exemplo, não demora a que ao menos três membros dessa família também fiquem gripados.
“Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente”.
Infelizmente, poderes de influencia ou o simples “acaso”, existem para controlar, interromper, evidenciar, estragar ou piorar uma estrutura, seja essa social ou individual.
Hoje, por conta de várias cicatrizes deixadas por doenças que nos atingiram, ou ainda por conta de doenças crônicas que nos assolam dia após dia, atrocidades como chacinas, assaltos, estupros, latrocínios, uso de drogas ilícitas, fazem com que esse grande organismo que é a humanidade entre em um caminho sem volta dependendo do numero e da intensidade com o que isso aconteça, ou seja, se não chegarmos a uma estabilização dessa balança onde de um lado temos todas essas atitudes cancerígenas, e do outro o remédio (a cura, esperança) para tanta desarmonia, seremos logo, num futuro muito próximo, algumas células saudáveis apenas esperando o momento inevitável de sermos atingidos por essa “metástase”.
Então, para começar deixe de ser hipócrita, não finja que a maconha ou a cocaína que você usa por uma vez ou outra, não seja responsável pelo financiamento de mortes de crianças vitimas de balas perdidas, disparadas por armas ilegais, compradas com o dinheiro do tráfico de drogas, dinheiro esse que vem de pessoas como você, que pensam da mesma maneira, vitimas de um pensamento egoísta e anestesiado de conforto e sensação de descontinuidade de vida, fruto da falta de estrutura de educação familiar e escolar, que são planejadas por pessoas despreparadas e irresponsáveis que detém muito poder no cenário politico do nosso querido Brasil de sorrisos carnavalescos.
Mais uma morte de uma criança inocente, talentosa, vitima de bala perdida, cheia de planos, dúvidas, expectativa de vida, com um sorriso no rosto, futuro atleta, amada pela sua família... NÃO finja que ela estava no lugar errado na hora errada, porque nesse caso o “acaso” serve para você enxergar que na verdade essa criança morre por ser vitima da sua alegria inconsciente, da sua irresponsabilidade social, da sua tragada nesse baseado, se sentindo livre no pairar da impunidade que o seu dinheiro pode comprar...
Como eu, desde os 13 anos de idade até hoje, que tive a oportunidade de estar revoltado pelas vidas que não vingaram, que foram interrompidas, existem mais por ai, que graças aos planos de Deus tem a importante tarefa de alertar de alguma forma, de expressar através de textos ou outras formas de se manifestar, o repudio contra todo tipo de câncer que atingem nosso ciclo de vida, atingem a nossa sociedade.
E se você é uma dessas crianças, que tiveram a sorte de continuar crescendo, se desenvolvendo, tendo a oportunidade de continuar sorrindo, não deixe de expressar-se contra qualquer tipo de atentado a vida, seja da intensidade que for, não acostume-se com notas repetidas de desastres nos jornais, seja a cura e de maneira alguma seja câncer.

Autor: Rafael Estefanutti

sábado, 14 de agosto de 2010

Ele, robô


Parecem robôs com corações de lata,
Seguem uma rotina programada por eles mesmos,
Não são capazes de sentirem o vento, o cheiro das flores...
Tudo é frio e incisivo

Ao caminhar ecoa-se um barulho oco de suas solas,
Quem sabe até mesmo se há algum ruído dentro do peito deles,
Parece mesmo uma grande marcha de pingüins imperadores...
Tal elegância e frieza que os envolve

Punhos cerrados firmemente carregando os seus tesouros,
Olhos que miram apenas a direção mais retilínea,
Pensamentos fechados, sem cor nem chance de expansibilidade
E objetivos retroalimentados por um sistema capitalista...

Seu coração bate ou faz tic-tac?
É possível oferecer-me apenas um abraço antes que siga seu trajeto?
Homem de lata pise mais suave, admire o que há de melhor por aqui...
Não faça do seu amor energia propulsora para essa roda capitalista

Foi um rápido olhar,
Uma chance remota de tira-lo da sua rotina,
Mas quem sabe, uma semente não foi plantada...?
Homem de lata, carregue seus verdadeiros tesouros

Autor : Rafael Estefanutti

terça-feira, 27 de julho de 2010

Você Me Faz Tão Bem


Quando eu me perco é quando eu te encontro
Quando eu me solto seus olhos me vêem
Quando eu me iludo é quando eu te esqueço
Quando eu te tenho eu me sinto tão bem

Você me fez sentir de novo o que eu
Já não me importava mais
Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

Quando eu te invado de silêncio
Você conforta a minha dor com atenção
E quando eu durmo no seu colo
Você me faz sentir de novo
O que eu já não sentia mais

Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

Não tenha medo
Não tenha medo desse amor
Não faz sentido
Não faz sentido não mudar
Esse amor

Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

Detonautas
Composição: Tico Santa Cruz

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ressurreição


Esteva em meio a uma escuridão infindável, tralhas e pedaços de mim mesmo para todos os lados, conflitos não resolvidos, questões não respondidas, dor, medo, angústia, era uma paralisia ascendente da minha alma.
Partículas se descolavam de mim e flutuavam no ar em busca da imensidão escura, iriam para uma dimensão desconhecida, predominantemente fria e nada convidativa...O desespero tinha tomado conta de mim, e junto com a adrenalina que era despejada na minha corrente sanguínea para manter meu corpo vivo, foram-se também meus últimos gritos de esperança, eu já não respondia aos estímulos do que podemos chamar de vida real...
Todo meu amor, gota após gota, se liquefazia em um grande oceano vermelho profundo, onde como em um aquário, abrigavam todos meus amores verdadeiros, tudo aquilo era minha essência.. Era como se eu fosse uma energia pairando no ar, feita só de sensibilidade... Pude intender por um instante as influências que me transformaram naquele ser humano, ver os caminhos por onde andei, as pedras onde tropecei, quem eu pude ferir com as minhas palavras, tudo, absolutamente tudo, estava ali como um livro aberto, um diário de todos momentos que fizeram meus hormônios e reações intrínsecas dar origem a ações corretas ou errôneas tomadas por aquele corpo já sem alma...
Pude sentir meu nascimento novamente, um misto de dor, asfixia, muito sangue e o milagre da vida, a felicidade provocada pelo meu choro, encantava e promovia o estímulo necessário as glândulas lacrimais da minha mãe, mas meus pulmões acumulavam muita secreção, naquele momento já internado, lutava contra uma pneumonia, e esse foi meu segundo nascimento, me deram a chance de proliferar meus encantos de bebe, minha mão gorda, meu sorriso sem malicia, minha bunda redonda, meus olhos curiosos, esse conjunto me tornara na eternidade o fruto que habilitava uma mulher a ser mãe.
Via também muita malicia adquirida durante toda aquela trajetória, eram sentimentos frustrados de não ter conseguido algum objetivo ou até mesmo a vergonha de ter sido diminuído em público por alguém que eu confiava, esses sentimentos deram origem a uma espécie de escudo de comportamento intimidador em resposta ao menor resquício de hostilidade alheia, mas o sistema a qual ele se apoiava para estar funcionando perfeitamente era falho, e muitas vezes fora usado em situações que ele não era necessário...
Minhas partículas de energia já se desprendiam daquela dimensão, quando uma grande força fez com que toda aquela reação de se desfazer paralisasse.. Sentia um calor enorme, as partículas se agitavam, e o lugar para qual aquilo tudo estava migrando foi ficando mais longe, toda aquela escuridão ia desaparecendo no horizonte, e o único resquício daquele lugar se transformou num minúsculo ponto feito por uma ponta fina de um lápis, quando me dei conta eu estava nas minhas reações novamente, estava de volta aquele mundo real, meu pulso tinha voltado, a luz novamente comtemplou minha íris, minha pálpebra com dificuldade, se levantava como o nascer do sol no horizonte, meus pelos do corpo inteiro perceberam a carga adrenérgica nos pilo eretores e se arrepiaram em sequencia como numa grande onda no mar transmitida do horizonte até a areia, meus músculos aos poucos eram ativados...
Por sua causa, hoje, acredito que estou vivo para o amor novamente.

Autor : Rafael Estefanutti

terça-feira, 20 de julho de 2010

Feliz dia do amigo


O Dia Internacional do Amigo, celebrado dia 20 de julho, foi primeiramente adotado em Buenos Aires, na Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo.

A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo é meu companheiro".

Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo, é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras.

No Brasil, o dia do amigo é comemorado oficialmente em 18 de abril. Em 20 de julho é comemorado o dia da amizade, mas atualmente o país também vem adotando a data internacional.

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_amigo)